Boas Vindas!!!
Sejam todos bem vindos ao blog . "Inovando a metodologia ".
Nele você encontrará diversos planos de aulas, todo elaborado com base no curso GESTAR II, relatos de experiência de sala de aula, tudo o que foi proveitoso no processo ensino x aprendizagem.
Então para você professor(a) especificamente na área de Língua Portuguesa sinta – se a vontade em observar e levar para a sua prática assim com eu pude comprovar o sucesso de todas as atividades postadas.
Cursista:
Ducilene Freitas

sábado, 5 de setembro de 2009

módulo I: TP3 - Relato do avançando na prática "Nossas Cidades"

RELATO DE EXPERIÊNCIA II

O presente relato refere-se à descrição da aplicação da atividade do Avançando na Prática, sugerida no Caderno de Teoria e Prática 4 – TP4 realizada com alunos do 8º ano 06 do turno vespertino da Escola Municipal Elisiário Dias – Ensino Fundamental.
Como sugerido pela formadora, para as turmas de 8º ano 06, o Avançando na Prática seria o da página 80 do TP4, que trabalha com o texto “Nossas Cidades”, então preparei a aula a partir do mesmo.
Com os objetivos de reconhecer texto e leitor como criadores de significados e explorar a compreensão do texto e relacionar a escrita com a realidade local do aluno, planejei a aula iniciando os trabalhos com um cartaz trazendo o titulo do texto Nossas Cidades para realizarmos uma pré-leitura, em seguida foi feito o questionamento oral acerca do título e do que se espera do texto, depois entreguei o texto para ser feita a interpretação. Logo após realizamos a leitura do texto “Carta escrita no ano 2070” (onde mostra a situação do planeta daqui a alguns anos se a população não tomar providencias) para poder orientar a atividade de produção escrita abordando algum problema ambiental da nossa cidade, devendo ser feita em forma de notícia de jornal, poesia ou carta.
A avaliação foi feita a partir da interpretação do texto e a socialização das produções, bem como do debate que foi feito a cerca de todas as questões lançadas.
Em linhas gerais a execução das atividades foram bem produtivas, deixando os alunos bem envolvidos e satisfeitos com as aulas, entusiasmados com as produções e interessados em fazer a parte deles em relação ao planeta. Percebemos também que no que diz respeito aos nossos objetivos inicias, conseguimos alcançá-los, pois verificamos que os nossos alunos foram capazes de compreender o texto e expor as suas idéias de forma verbal e escrita. É claro que nem todas as produções foram como esperávamos que fossem, porém temos a convicção de que com a continuidade de atividades semelhantes, onde os alunos têm satisfação e percebem-se como parte integrante de um objetivo maior, poderemos promover mudanças significativas nos nossos alunos.

São Miguel, 10 de Agosto de 2000.
Ducilene Freitas


ANEXOS:

PLANO DA AULA

GESTAR II – LINGUA PORTUGUESA - AVANÇANDO NA PRÁTICA 2

OBJETIVO:
• Reconhecer texto e leitor como criadores de significados;
• Explorar a compreensão do texto e relacionar a a escrita com a realidade local do aluno.

METOLOGIA:
• Apresentar um cartaz com o título do texto para realizar uma pré-leitura;
• Fazer um questionamento oral:
a) Que informações você imagina que serão apresentadas no texto?
b) Quais são os aspectos mais significativos para você em nossa cidade?
c) Cite os pontos positivos e os pontos negativos da nossa cidade?
d) Você tem planos de sair da nossa cidade? Por quê?
e) Como você acha que São Miguel estará daqui a uns 20 anos?
• Entregar o texto impresso aos alunos para fazer uma leitura compartilhada;
• Fazer a interpretação do texto com as questões propostas;
• Corrigir oralmente as questões;
• Apresentar o texto “Carta escrita no ano 2070” em power point para propor uma produção textual abordando algum problema ambiental da nossa cidade sugerindo ser feita em forma de noticia de jornal, poesia ou carta.

AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita a partir das idéias apresentadas, analise das respostas do questionamento bem como da produção escrita, não esquecendo também os critérios de participação, interação e interesse dos alunos.
ATIVIDADES:
ESCOLA MUNICIPAL ATIVIDADES ELISIÁRIO DIAS – ENSINO FUNDAMENTAL
NOME:_____________________________________________________________N° ______
SÉRIE/ANO: _____ TURMA: ______ BLOCO: _____ SALA Nº: _____
TURNO: ______________ DATA: _____/_____/_____

Nossas Cidades

Nossas cidades não são uma selva de asfalto e concreto; são enormes zoológicos humanos, onde vivemos em condições que não são naturais para a nossa espécie e onde corremos perigo também de enlouquecer de tensão, de adoecermos de civilização, pelo nariz, pela boca, pelos ouvidos.
Você, por exemplo, respira de 20 mil a 30 mil vezes por dia, inspirando de cada vez mais ou menos meio litro de ar. Cerca de 30% desse ar enche 350 milhões de minúsculos compartimentos no pulmão, onde o sangue troca o venenoso dióxido de carbono por oxigênio, sem o qual a vida é impossível. Nas grandes cidades, o ar contém centenas de toxinas que prejudicam o desenvolvimento normal das células. Os gases que escapam dos veículos a gasolina, por exemplo, impedem a perfeita oxigenação do sangue e provocam alergias, doenças do coração e câncer. O monóxido de carbono é assimilado pelos glóbulos vermelhos 200 vezes mais depressa que o oxigênio. E o chumbo, derivado do tetraetileno de chumbo, é prejudicial acima de 100 milionésimos de grama por metro cúbico de ar, concentração que já existe em qualquer cidade de tamanho médio no Brasil.
E a água que bebemos? Os rios, principal fonte de água potável, são usados como canais de esgoto e despejo. A vida animal, na maior parte dos rios que abastecem as grandes cidades, já não existe, porque a vida é impossível, não está para peixe. Esse líquido clorado, recuperado, da nossa era higiênica tem pouca coisa a ver com a água potável, de nascente, digna de peixe e de homem. Estações de tratamento, filtros, toda a química disponível não consegue esconder que estamos bebendo um líquido que supre as nossas necessidades vitais, mas que é chamado água apenas por hábito.
Além disso, estamos ficando surdos. Em cada cem cariocas (ou paulistas, ou gaúchos), dez têm problemas de audição e cinco foram vítimas da poluição sonora. Hoje em dia há duas vezes mais pessoas surdas do que há dez anos, e a gente da cidade só ouve a partir de 36 decibéis, 10 na melhor hipótese, enquanto o homem do campo ouve ruídos de até 1 decibel.
Dor de cabeça, fadiga excessiva, nervosismo, distúrbios de equilíbrio, afecções cardíacas e vasculares, anemias, úlceras de estômago, distúrbios gastrintestinais, neuroses, distúrbios glandulares, curto-circuitos nervosos, tudo isso pode ser provocado pelo barulho das grandes cidades. E nem é preciso que seja barulho excessivo, porque, na maior parte das vezes, ele já é incomodo e contínuo.
Enjaulados, enquanto não fizermos desse zoológico um jardim mais verde, mais limpo, mais saudável, menos neurótico, a única solução é sairmos de vez em quando para respirar ar puro, beber água de verdade, ouvir o silêncio, sentir os cheiros da vida e reconquistar a tranquilidade perdida.
LOBO, L. Turismo em foco. Ano IV, n. 19. p.19
GLOSSÁRIO
Afecção – doença.
Anemia – diminuição de hemoglobina do sangue, fraqueza, debilidade.
Decibel – unidade de medida da intensidade do som.
Dióxido de carbono – substância tóxica derivada do carbono.
Inspirar – fazer o ar entrar nos pulmões; oferecer uma base, um fundamento; criar disposição para determinada ação.
Monóxido de carbono – substância tóxica derivada do carbono.
Tensão – corrente elétrica; esticamento; rigidez; estado de ansiedade ou angústia, estresse.
Tetraetileno de chumbo – substância tóxica derivada do chumbo.
Toxina – substância tóxica segregada por seres vivos.
ATIVIDADEs
1 – A estrutura do texto é bastante clara. Cada parágrafo constitui uma parte dele e colabora com um dado para a construção do significado do texto. Indique abaixo a ideia central de cada um deles:
a) 1ºparágrafo: ______________________________
b) 2ºparágrafo: ______________________________
c) 3ºparárafo:________________________________
d) 4ºparágrafo: ______________________________
e) 5ºparágrafo: ______________________________
f) 6ºparágrafo: ______________________________
2 – O autor prefere definir nossas cidades como “zoológicos humanos”, e não como “selva de asfalto e concreto”. Qual é a diferença entre as duas expressões em sua opinião?
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
3 – “As cidades estão definitivamente condenadas”. Você acha que essa frase sintetiza a sua compreensão do texto? Justifique:
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a) Dialogo direto com o leitor
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b) Uso de termos técnicos
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c) Preocupação com números e estatísticas
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d) Elementos de humor
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5 – O primeiro parágrafo é baseado numa metáfora. Qual é, e em que expressão ela ressurge, no último parágrafo?
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6 – O texto algumas vezes tende ao exagero. Indique um exemplo disso:
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7 – Qual é em sua opinião o objetivo principal do autor desse texto? Justifique sua resposta:
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Bom trabalho!
Profª Ducilene Freitas


CARTA ESCRITA NO ANO 2070

Estamos no Ano 2070 e acabo de completar os 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais se podia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera, imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário.
Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.
Os científicos investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo já nos cobra pelo ar que respiramos. 137m3 por dia por habitante e adulto. A gente que não pode pagar é retirada das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.
Em alguns países ficam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exercito, a água é agora um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui agora já não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX. Advertiam-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, a chuva, as flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que as pessoas eram. Ela pergunta-me: papá! Porque acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer alguma coisa para salvar o nosso planeta terra!
Extraído da revista biográfica "Crônicas de los Tiempos"

FOTOS
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